Joaquina Almeida classifica situação laboral como “muito preocupante” devido a questões como o absentismo

A secretária-geral da UNTC-CS, Joaquina Almeida, disse esta terça-feira que a situação laboral em São Vicente é “muito preocupante” principalmente devido ao absentismo e ao número de faltas injustificadas que precisam ser diminuídas no código laboral.
O posicionamento da dirigente da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS) foi hoje assumido em conferência de imprensa, no Mindelo, que serviu para reportar um encontro tido com o presidente da Câmara de Comércio do Barlavento (CCB).
Uma reunião na qual discutiram aspectos relacionados com o novo código laboral e o ambiente de trabalho na ilha.
“Essa é uma realidade e foi consensual a proposta de alteração do código laboral no que tange à diminuição das faltas injustificadas consecutivas”, afirmou Joaquina Almeida.
Segundo a mesma fonte, tanto a UNTC-CS, como a CCB estão de acordo que deva ser diminuído o número de faltas injustificadas, quando neste momento são consideradas 20 para dar direito ao despedimento por justa causa.
No caso concreto em São Vicente, o absentismo, retratou, tem sido “muito elevado”, o que preocupa o patronato, mas também os sindicatos.
“E o Governo vai ter mão dura com essa diminuição de faltas para o despedimento legal, daí, que alertamos os trabalhadores”, exortou Joaquina Almeida.
A UNTC-CS e a CCB também estão de acordo que o Governo deve clarificar no novo código a questão do emprego sazonal e discriminar a que áreas se destina para não prejudicar, por exemplo, trabalhadores do sector do turismo.
Em contraponto, anunciou que as duas instituições não chegaram a consenso quanto a questão de despedimentos ilegais e a diminuição das indemnizações, algo que o patronato defende, mas os sindicatos são contra.
Como retrato da situação laboral geral no país, a sindicalista reiterou a precariedade existente devido à saída de mão-de-obra para o exterior e o não aumento salarial.
Mesmo assim, Joaquina Almeida disse estar confiante que o salário mínimo nacional seja elevado para 17 mil escudos em 2025.
A Semana com Inforpress