Ténis ao deus-dará - São Vicente

A situação do ténis na ilha de São Vicente, assim como noutros pontos do país, está longe do aceitável. Paulo Monteiro, presidente da Associação de Ténis dessa região desportiva, admite que desde a pandemia da covid-19 que deixou praticamente de haver actividades. As críticas são extensíveis ao presidente da Federação Cabo-verdiana da modalidade, José Almada Dias, acusado de pouco ou nada fazer para tirar o ténis da letargia em que se encontra.  

Luís Melo, mais conhecido por “Lulu”, antigo campeão da Zona II do Conselho Superior do Desporto em África, lamenta a situação em que se encontra o ténis, actualmente, em São Vicente e em Cabo Verde. “Sem competições, os jovens perdem o interesse e migram para outras modalidades”, afirma, lamentando a inércia e a falta de incentivo como factores cruciais para o declínio do ténis.

A crítica de Lulu não se limita à falta de competições. Também aponta o estado deplorável das “quadras” no Castilho e no Clube de Ténis do Mindelo. “Os campos estão em condições lastimáveis, o que torna impossível a prática adequada do ténis”, diz ele. 

Para este tenista, a solução passa por um compromisso sério das autoridades desportivas, no sentido de investir na reabilitação das quadras e na organização de campeonatos regulares para revitalizar o ténis em São Vicente e em Cabo Verde, no geral. “Precisamos de uma estratégia clara e de investimentos concretos para resgatar o ténis e inspirar a próxima geração de atletas”, conclui Lulu, com a esperança de que suas palavras possam catalisar mudanças positivas.


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