GAO apreensivo com evolução da epidemia da dengue… e agora do paludismo

O Grupo de Ajuda Orçamental (GAO) acompanha “com apreensão” a evolução da epidemia da dengue em Cabo Verde. Os parceiros denotaram limitações estruturais do sector da saúde, alertando o Governo para a necessidade de aperfeiçoar os exercícios de planeamento, orçamentação e implementação. Desde o seu surgimento, há um ano, a dengue já provocou cinco óbitos, continuando a afectar a vida de milhares de cabo-verdianos, o que, obviamente, não constitui um atractivo turístico.

Cabo Verde está a ser assolado, desde Novembro do ano passado, por uma epidemia da dengue, situação agravada com o anúncio ontem, pelo primeiro ministro, do falecimento de duas pessoas por paludismo.

De acordo com o boletim epidemiológico de 10 de Novembro, do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), contabilizam-se 13827 casos confirmados acumulados, 20698 casos suspeitos, dois hospitalizados e cinco óbitos. A dengue está presente em todas as ilhas, inclusive Sal e Boa Vista, os principais centros turísticos do país.

No dia 31 de Outubro, no encerramento de uma interpelação parlamentar sobre o sistema nacional de saúde, a ministra Filomena Gonçalves anunciou que Cabo Verde vai receber o primeiro lote de vacinas contra a dengue na primeira quinzena deste mês por forma a dar combate à doença. “Uma conquista histórica para o nosso país, pois é a primeira vez que a vacina contra a dengue no País vai ser administrada”, regozijou-se.

E aproveitou para puxar a brasa para a sardinha do governo: “uma prova de compromisso inabalável” do Governo com a saúde e a segurança de todos os cabo-verdianos, quando devia perguntar por quê o país se encontra na presente situação.

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